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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Igreja sem religião?


Há algum tempo atrás publiquei neste blog um texto mostrando que a religião não mais pode ser considerada o ópio do povo, e que este lugar foi ocupado pela mídia leia aqui. Desde então tenho preparado um artigo, cujo título sugestivo seria somos todos viciados em ópio. Minha intenção seria mostrar que somos irremediavelmente religiosos e como disse Chesterton, quando tiramos Deus colocamos no seu lugar historia, economia, revolução, alguma coisa. Mas para a minha surpresa, me deparei com esta foto no facebook, anunciando uma Igreja sem Deus.
De acordo com este site todo o formato das reuniões é eclesiástico e religioso, incluindo a caixinha de ofertas, mas não há menções a Deus, e também não existe uma filosofia ateísta. Sim, eles rejeitam a pecha de ateus, ou humanistas, mas se identificam com os britânicos que não possuem religião. O mais interessante é que se trata de um movimento sem religião, mas que gera expectativas religiosas.
Mas este site já afirma que se trata sim de uma igreja para ateus, visto ser um público que precisa sim se reunir e que precisa se apropriar de estratégias já empregadas por cristãos. O motivo da celebração seria o milagre da vida, em lugar de um deus, o que ao meu ver nos leva de volta ao que Chesterton falou, e Pondé repetidas vezes nos lembrou. Mas deixando Pascal e Chesterton falaram quero me voltar para a matéria de acordo com este site.
Ao ver e ouvir o vídeo, percebo que as pessoas esperam que as assembleias despertem a bondade das pessoas, outra afirma querer ver um pouco de amor e também cantar. Não posso imaginar algo mais religioso do que isto, sendo que não há um objeto definido para a adoração. Existe um blog que traz uma perspectiva bem interessante a respeito do tema. Para este autor, estamos presenciando a união entre religiosidade e ateísmo e tal vem se dando em razão de que a dimensão religiosa está entranhada no ser humano.
Na perspectiva de Caio Fábio (veja aqui), estas pessoas estão dizendo com os seus gestos que estão saturadas dos deuses das denominações e instituições, cristãs, evangélicas, pentecostais. A análise de Caio é ao meu ver a que mais se aproxima do que Pascal e Lewis afirmam. Meu único problema é ver nesta busca algo imbuído da verdade, mas Caio acerta sim ao afirmar que este ateísmo (ao meu ver mais um anticlericalismo) não mata a sede que as pessoas possuem do transcendental.
Me despeço aqui com a promessa de voltar a este assunto e elaborar o post que prometi, mas desde já antecipando que na época em que fui assinante da revista Galileu, sucessivas vezes vi Marcelo Gleiser falar em seus artigos e entrevistas de uma espiritualidade cósmica, assunto que não é novo na boca dos cientistas, visto que Einstein mesmo fala desta forma de espiritualidade e que conforme falamos aqui ele a identificava com a mesma religiosidade dos salmistas bem como de personagens como Francisco de Assis.

Pr Marcelo Medeiros

2 comentários:

  1. Olá Marcelo,
    Desisti de comentar no blog do Alexandre (deus, ciência, religião) pela atitude preconceituosa e discriminadora dele em deletar meus posts. A última foi quando estive debatendo com o Warlei e Shirley.

    Mas penso em 2Co 4:9, assim... missão cumprida! ;-)

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    Respostas
    1. Sei como é Cícero, afinal, quase tive problemas com a Shirley, que chegou a pensar que eu estava ofendendo a ela, quando na verdade apenas expus as incongruências e idiossincrasias da postagem dela.

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