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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Apenas um toque

  


Quero compartilhar com os leitores do blog, em breves linhas a minha experiência como pentecostal, e minha opinião a respeito do vicioso emprego do dom de línguas em nosso meio. Tem sido muito comum alguns pregadores aferirem a espiritualidade de uma Igreja por meio da resposta que os membros da mesma apresentam face às suas mensagens. Se a Igreja fala em línguas incessantemente, ele é espiritual, se não, é fria. O MAIOR INCÔMODO, AO QUE PARECE, É QUANDO ELES VISUALIZAM UM OBREIRO OLHANDO E EXAMINANDO A MENSAGEM.
Aos meus doze anos de idade, tive uma das mais sublimes experiências da vida cristã, passei pelo que em nosso meio pentecostal chamam de batismo com o Espirito Santo, e alguns tradicionais como Wayne Grüden e Jonh Stott chamam de revestimento de poder. O fato é que a segunda experiência me trouxe uma certeza ainda maior do que a que possuía de minha salvação e da presença de Deus ao meu lado no cumprimento da missão cristã. Tal fato talvez se constitua como a minha maior motivação para permanência no pentecostalismo.
Cabe no entanto colocar que a experiência pela qual passei me conduziu ao estudo frequente das Escrituras. Comecei examinando a Bíblia com o dicionário do lado, depois passei a consultar as referencias de rodapé que a Almeida Revista e Corrigida trazia, tudo isto associado à assiduidade à Escola Bíblica Dominical. O resultado inevitável foi uma compreensão paulatina do emprego dos dons espirituais, que destoa do emprego atual. Quero focar particularmente o dom de línguas.
Em primeiro lugar, Paulo observa junto aos irmãos de Corinto que há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo (I Co 12. 4 NVI). Segundo, ele mesmo observa que nem todos falam em línguas. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria;[..]  a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas (I Co 12. 8 - 10 NVI). Terceiro esta diversidade foi estabelecida na Igreja pelo próprio Deus. Observemos este texto:
 
Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.  São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Têm todos o dom de realizar milagres?  Têm todos dons de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam? (I Co 14. 23 - 25 NVI).
Em outras palavras nem todos falam em línguas. Isto estabelecido, resta inda um outro ponto. A leitura do capitulo catorze da presente carta nos dá a entender que o exercício do dom de línguas sem interpretação é infrutífero no tange à edificação da Igreja, além de dar a entender aos infiéis que estão na congregação que a mesma é frequentada por um monte de loucos. Paulo é enfático em dizer que:
Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?
Mas se entrar algum descrente ou não instruído quando todos estiverem profetizando, ele por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado,
e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: "Deus realmente está entre vocês!
(I Co 14. 23 - 25 NVI). 
Todavia, ao contrário do alguns irmãos de Igreja históricas pensam, isto não é motivo para que se proíba o falar em outras línguas. De forma alguma! O conselho que Paulo nos dá é: busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas (I Co 14. 39 NVI). Uma palavra para concluir o post: existem coisas que Paulo fala, mas que não impõe como regra a ser seguida. Me parece que este não é o caso, caros vasos do Senhor, irmãos do remanto e do reteté da glória. A este respeito ele mesmo diz: Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor (I Co 14. 37 NVI). Quanto aos pregadores, PREGUEM A PALAVRA E DEIXEM AS MANIFESTAÇÕES POR CONTA DO SENHOR.
 
Pr Marcelo Medeiros, em Cristo Jesus, nosso Senhor.

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