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terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Família do futuro


Desde que meus filhos nasceram tenho tomado aquele "porre" de desenhos animados. Me lembro de uma noite em que o meu mais velho me fez ver "Os Incríveis" madrugada à dentro, foram mais de seis exibições. Pela manhã o meu traquinas foi dormir, eu tomar banho para trabalhar. Graças à Deus os hábitos dele mudaram, e pude ficar com o que há de melhor que é o desenho e as lições que o mesmo produz.
O mais interessante em todo este processo educativo, sim, podemos falar assim, é que no lugar da paranoia, comum entre evangélicos com tudo o que é filme da Disney, tive a oportunidade de ler os desenhos animados com uma ótica cristã, e assim poder ensinar algo aos meus filhos a partir da cultura na qual eles se encontram inseridos. O que quero dizer é que mesmo que sejam verdadeiras as informações passadas por alguns dos mais sensacionalistas dos pregadores de um certo lugar do Brasil, o que tenho aprendido é que os filmes, tanto da Disney, quanto os de Hollywood, trazem algo da estrutura cristã de pensamento em seu conteúdo.
O filme "A Família do futuro", conta a história do jovem órfão, chamado Louis, um menino de doze anos que é um inventor. O jovem em questão se encontra em sua centésima vigésima quarta entrevista para adoção e ainda não havia encontrado um casal que o adotasse, a razão é bem simples, Louis é obcecado por sua mãe, a que o abandonou em frente ao orfanato. Suas principais invenções, o scanner de memorias e a máquina do tempo foram motivadas pelo desejo de matar sua curiosidade em relação à identidade de sua genitora.
O problema é que sua genialidade e obsessão não é devidamente entendida pelos casais que participam da entrevista, o que aumente ainda mais o sentimento de rejeição pelo qual o jovem passa. Como se tudo isto não bastasse inimigos do futuro, dentre os quais o seu próprio companheiro de quarto, voltam no tempo para se vingarem do jovem inventor.
A lição básica que o filme nos traz é a de que nunca fruiremos da vida em sua plenitude enquanto o peso de fatos passados estiverem sobre nós. Enquanto Louis pensava obsessivamente em sua mãe biológica ele não se abriu de fato para  sua nova família, tanto que quando tem a oportunidade de poder satisfazer seu desejo, resolve "seguir em frente", e então, uma nova família, uma amizade consolidada com seu companheiro de quanto.
Içar a vela, deixar o que passou pra traz (...), quando criança ouvi muito os versos desta canção e descobri o quanto é difícil deixar o que passou para traz. Neste ponto, a dificuldade de Louis é a nossa. Mas fazer dos traumas do passado nosso único norte na vida, pode resultar na experiência trágica do jovem Michael Goob, cujo único projeto de vida era se vingar de seu companheiro de quarto por ter "provocado sua derrota na jogo". Estranho como a gente acha com extrema facilidade alguém em quem colocar a culpa por não ter feito a faculdade, por não ter juntado dinheiro, e com isto esquecemos do principal, que é seguir em frente.
A letra da trilha sonora, é de fundamental importância na corroboração da mensagem do filme. As primeiras linhas de pequenas maravilhas trazem os seguintes versos:
Deixa ir tire o peso dos seus ombros pra seguir
Sem se lamentar dos tombos
Deixa entrar essa luz que te define
No final ficarão somente as recordações

No lugar das angustias põe a luz que vai brilhar
Envolver a tua vida
Tudo bem se pra mim você se volta eu já sei
Sentimento prevalece no final
Se não entendemos que a vida se faz em meio às intempéries não conseguiremos seguir em frente. Seguir em frente aqui é r tentando, tentando até que dê certo. Esta é a mensagem. Boa noite. Ouça a música e curta a mensagem, não posso dizer que seja um hino, mas é imago dei pura.
 
 
 
 
 
Pr Marcelo Medeiros

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