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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O problema não é a doutrina

 

Escrevo este breve post, porque percebei que a carta a um pastor zeloso deu o que falar. Um amigo meu observou como o denominacionalismo tem contribuído para fomentar ainda mais a discórdia e a falta de unidade. Imediatamente expliquei ao mesmo que o alvo do texto em questão era o movimento que prima pela unidade, ainda que com o sacrifício de posições doutrinárias, e que brigas de caráter pessoal não podem ser confundidas com a tarefa apologética.
Mas a questão do denominacionalismo ficou latente. Diante desta nova questão cabe afirmar o seguinte: as diferenças doutrinárias quanto à salvação, por exemplo, são fruto de fatores históricos, ou melhor uma percepção histórica que cada grupo desenvolveu a respeito do assunto, e na minha percepção não são o maior empecilho á unidade do corpo de Cristo.
Conversando com um pastor amigo meu, falei com ele que o que nos divide é menor que o que nos deveria unir. Grandes divisões são feitas em torno de assuntos secundários, muitos dos quais a Bíblia sequer dedica mais de um capitulo, e se a regra hermenêutica fosse seguida, jamais se formaria doutrina com base em tais textos. Mas um fator que não pode deixar de ser observado é o péssimo habito que temos de nos dividir não em questões doutrinarias, mas em questões personalistas.
O único problema doutrinário da Igreja de Corinto que me vem a mente é a questão da ressurreição, uma vez que a questão dos dons de línguas era mais litúrgica. Todavia, a causa maior da dissensão entre os mesmos era que um era de Paulo, outro de Apolo, outro de Cefas, e alguém que se dizia mais espiritual era de Cristo. Note que eram personalidades que dividiam a preferencia de grupos específicos dentro da comunidade.
Hoje alguns são de R. R. Soares, outros de Edir Macedo, outros de Eli Soriano, outros de Miguel Ângelo, de Silas Malafaia, de Ezequiel Teixeira, de Marco Antônio Peixoto, de Marco Feliciano, de Manoel Ferreira, e tantos outros nomes que poderiam ser colocados ao lado destes. Digo isto, com a clara percepção de que a autoridade da Bíblia este sendo deixada de lado pelo personalismo midiático. Tanto que quando um jovem pastor resolve tirar uma foto polemica, poucos são os que julgam o caso pela ótica bíblica, é quando entra a seguinte frase, "mas ele é um pastor muito usado por Deus!".
Aqui fica claro que estar na mídia e ser associada a tudo que representa poder, ser influente, vestir-se bem, e outras coisas mais, se tornaram o referencial supremo do que é ser usado por Deus, quando na verdade nenhuma destas coisas são indicadores reais de vida com Deus. Esta somente pode ser aferida por meio de ampla observância, afinal identificamos os frutos na medida em que os conhecemos.
Daí, me preocupa ver gente que se incomoda com divergências doutrinárias, mas que ovaciona determinados lideres, que bajula famosos evangelistas, que faz clara tietagem para cantores evangélicos, que tratam os que deveriam serem vistos por toda a comunidade dos fiéis como meros instrumentos de Deus, ou servos por meio dos quais viemos a crer. O personalismo é hoje o maior inimigo da UNIDADE.
 
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros.

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